É como se existisse um prazer em sofrer por amor, ou se fazer de vítima perante a vida.
Eu considero isso uma escolha, parece que a pessoa não consegue gostar de quem gosta dela, e nem ao menos tenta.
Eu tenho uma amiga viciada neste tipo de amor, quando éramos adolescentes, ela encasquetou com a ideia de ser notada por um vizinho do prédio dela, ele era uns 10 anos mais velho do que ela ou mais, estava na faixa entre 20 e 30 anos enquanto ela tinha por volta de 13, 14 anos, ele nem olhava para ela, não com interesse, apenas dava bom dia, boa tarde, boa noite, ou um "oi" ou "tchau".
E ela sabia todos os horários dele, só para poder pegar o elevador junto com ele!
Pensam que isso foi por pouco tempo? Durou anos!
Depois disso ela namorou, casou, separou e voltou a ser adolescente de novo, chegou a fazer terapia por causa de mais um amor platônico, e no final abandonou a terapia porque me ligava toda semana para conversar por horas, e ela disse que eu estava sendo melhor do que a terapeuta dela, rs.
Este novo amor platônico chegou, pelo menos, a ter algum relacionamento com ela, mas ele não queria este "algo a mais" que ela tanto desejava, então ela sofria.
E parte desta auto tortura era passar em frente a casa dele para saber se ele havia saído, ou se estava em casa, quando ele dizia que não poderia vê-la. Até ficar horas em frente a casa dele ela ficou, só para saber se ele chegaria com alguma mulher.
Paranoia? Talvez. Auto estima baixa? Provavelmente. Amor em excesso? Quem sabe?
O que eu não entendia é que ela sempre foi bem sucedida, linda, auto suficiente, por que se sujeitar a amar e sofrer deste jeito?
Amar tem que ter bom senso, não existe receita, mas tudo em excesso é veneno, o amor, o ciúme, a independência ou dependência, tem que ser algo comedido.
O amor é bom a dois, mútuo, cúmplice, é uma estrada de mão dupla, onde tudo o que vc faz para o outro você também recebe em troca, e não de mão única onde só vc sente, faz, e acaba sofrendo!
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